Histórico
O curso de Biomedicina ou como também é conhecido, “Ciências Biomédicas” foi pioneiramente implantado na Escola Paulista de Medicina em 1966. O Curso foi criado com objetivos de capacitar futuros docentes e pesquisadores nas áreas de biologia e medicina.
A Universidade Federal de Pernambuco, segundo estado do Brasil a oferecer o curso, formou sua primeira Turma de Biomédicos em 1971. Posteriormente vários cursos, com a mesma denominação, foram criados em outras regiões, com objetivos e grade curricular distintas.
Diversas instituições de ensino superior, oficiais como a Escola Paulista de Medicina-SP (1996), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro – RJ (1996), a Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu – SP (1967), a Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – SP (1967), Universidade Federal de Pernambuco – PE (1968), a Universidade Federal do Pará (1971), começaram a oferecer a clientela um curso que se diferenciava dos tradicionais por sua estrutura e conteúdos inovadores.
A profissão foi regulamentada em 1979 e o Conselho Federal e os Regionais de Biomedicina foram criados e hoje regulamentam o exercício da profissão em suas várias especializações.
A UFPA foi a primeira universidade pública a implantar o curso de Biomedicina na Região Norte (Diário Oficial da União - Seção 1 - 19/12/1969, Página 10823), realizando o primeiro vestibular em 1971 e formando a primeira turma em 1974. Os integrantes das primeiras turmas do curso de Biomedicina, na época Ciências Biológicas – Modalidade Médica, recebiam uma formação de profissionais com conhecimento sobre os problemas regionais e capacitados a exercer as análises clínicas, diagnóstico laboratorial e a atuar na prevenção de doenças, em especial as que acometem a população amazônica. Em 2001, foi implantado o Curso de Biomedicina, e mais tarde, em 2007, foi criada a Faculdade de Biomedicina.
Em 1979, foi aprovado o projeto de lei que regulamentava a profissão de Biomédico. Essa conquista deve-se à intensa mobilização em torno da regulamentação da profissão e do exercício profissional; muito se deve à dedicação e ao esforço de inúmeras pessoas. No Pará, foi decisivo o apoio de Edvaldo Carlos Brito Loureiro, Inocêncio de Souza Gorayeb, Joana D’arc Parente dos Reis, Ricardo Ishak e Vera Maria da Costa Nascimento.
O objetivo do curso de graduação em Biomedicina da UFPA é formar profissionais para atuar na área das ciências biológicas e da saúde com competência teórica, técnica e crítica, de modo que o biomédico se sinta capacitado a agir com qualidade e eficiência, assegurando a integralidade da sua atenção à saúde, bem como a excelência e a humanização do atendimento por ele prestado aos indivíduos, às famílias e à comunidade amazônica, em particular, sem perder de vista as mudanças sociais impostas pelos avanços tecnológicos. A proximidade entre teoria, prática, pesquisa e extensão encontra-se na proposta curricular do curso de biomedicina, permitindo ao aluno uma formação com oportunidades e objetivos traçados para que seu percurso de formação atenda às suas necessidades, bem como ao desenvolvimento de competências exigidas pelo mercado de trabalho, sempre em atualização no campo de biomedicina.
O curso de Biomedicina da UFPA implementou nos últimos anos, práticas de ensino inovadoras, na qual, muitos docentes em disciplinas e módulos aplicaram metodologias ativas trazendo a perspectiva do protagonismo ao aluno. Tais práticas foram muito bem recebidas pelos alunos, refletindo por exemplo em uma excelente nota no último ENADE (conceito 4). Outra prática inovadora foi a inserção de campo de estágio em biologia molecular e bioinformática, sendo o primeiro uma área consolidada nas ciências da saúde, tanto como ferramenta de diagnóstico como de pesquisa científica; e a bioinformática, área emergente, cada vez mais em destaque em diferentes áreas de atuação, seja na saúde como também na indústria. O novo PPC traduz a inovação no contexto de maior liberdade avaliativa nas disciplinas por meio de práticas educacionais inovadoras, além da inserção de disciplinas voltadas para áreas em evidência e emergência na biomedicina, como biotecnologia, saúde pública, bioinformática, dentre outras.